A chama olímpica já está em solo francês. O nadador francês Florent Manaudou, campeão olímpico dos 50m livre em Londres 2012 e dono ainda de três medalhas de prata, foi o primeiro a carregar a tocha. Ele a recebeu dentro do centenário veleiro Belem, ( batizado em homenagem a Belém do Pará) e a levou para terra firme, em Marselha, onde o fogo olímpico começou sua jornada pela França na tarde desta quarta-feira (08).
O veleiro Belém, foi construído em Nantes em 1896, mesmo ano em que aconteceu a primeira edição das Olimpíadas da era moderna, em Atenas, na Grécia. Em sua viagem inaugural, se dirigiu ao entreposto comercial de Belém do Pará, cidade brasileira que lhe deu o nome e de onde transportava cacau, rum e açucar para França. O veleiro de três mastros fez 33 viagens entre 1896 e 1914, quando foi vendido pela primeira vez. Sobreviveu à erupção de um vulcão na Martinica, foi transformado em navio-escola e, agora, transporta a chama e o espírito olímpicos.
O tema musical oficial dos Jogos de Paris 2024, intitulado Parade (Desfile), foi apresentado ao vivo pela primeira vez pela Orquestra de Marselha, durante a chegada da chama. A população da cidade chegou cedo ao cais do porto para acompanhar pelos telões todo o desfile dos 1.024 barcos que acompanharam o Belem. Estima-se que 150 mil pessoas tenham comparecido à cerimônia.
Na noite de terça (07), a cidade de Marselha assistiu à uma explosão de cores e luzes num espetáculo de drones e fogos de artifício antecipando a chegada do fogo que é um dos símbolos dos Jogos. Ao longo de todo o dia desta quarta-feira, muitas atrações musicais foram espalhadas pela região para entreter o público, como desfiles de bandas e DJs.
Demonstrações de esportes como breaking também atraíram os curiosos que queriam conhecer a nova modalidade olímpica, e havia quadras de basquete 3 x 3 no entorno. O revezamento da tocha vai ter 68 etapas na França, percorrendo 400 cidades franceses. Na rota do fogo símbolo dos Jogos estão inclusive os territórios ultramarinos da Guiana Francesa, de Reunião, de Nova Caledônia, da Polinésia Francesa, de Guadalupe e de Martinica. Assim, a chama vai percorrer mais três continentes além da Europa: América, África e Oceania.
