Um novo estudo da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, revelou que os sprays nasais usados para aplicação de insulina atingem regiões centrais do cérebro associadas à memória e à cognição e podem ser usados no tratamento contra o Alzheimer. O experimento foi realizado em idosos e apontou diferenças entre indivíduos com e sem sinais precoces do Alzheimer.
Para avaliar a eficácia do tratamento experimental, os cientistas usaram um exame de imagem cerebral com contraste que permitiu observar que o medicamento alcança diretamente 11 áreas do cérebro, incluindo o hipocampo, amígdala, córtex olfativo e lobo temporal. Essas estruturas estão diretamente ligadas ao funcionamento da memória.
“O estudo preenche uma lacuna crítica em nossa compreensão de como a insulina intranasal chega ao cérebro”, afirmou Suzanne Craft, professora de Gerontologia na Wake Forest e uma das responsáveis pelo estudo.
Embora o tratamento focado em diabetes não pareça relacionado com o declínio cognitivo, a professora acrescentou que a resistência à insulina é um conhecido fator de risco para Alzheimer. “Embora ainda haja muito a aprender, essas descobertas mostram que agora temos as ferramentas para validar a administração intranasal de medicamentos no cérebro”, disse Craft.