Há algo de podre na prefeitura de Peixe-Boi. Recentemente, foi protocolado no Ministério Público uma grave denúncia envolvendo a empresa de transportes Revybarros e sua proprietária, Reviane Figueiredo Barros. A empresa tem vários ônibus alugados para a prefeitura para transporte de alunos e professores. Ocorre que, segundo a denúncia, os ônibus estão “caindo aos pedaços”, e ultimamente tem transportado, acreditem os leitores, até lixo hospitalar.
A dona da Revybarros, a senhora Reviane Barros, até o ano de 2014 era beneficiária do Bolsa Família. De repente, não mais que de repente ( como dizia o poeta), Reviane surgiu como proprietária da empresa, com um capital social de R$ 100 mil reais. Acrescente-se a isso o fato da empresa, que não tem registrado um ônibus sequer em sua frota, ter seu endereço comercial no mesmo imóvel onde reside Reviane Barros. Ou seja, vende o frango e come o frango!!
E o que causa mais estranheza é a relação “promiscua” da prefeitura de Peixe-Boi com a tal empresa. Em 2021, por exemplo, a prefeitura pagou várias faturas para a Revibarros, sem emissão de Nota Fiscal Eletrônica, em um flagrante desrespeito a Lei de Responsabilidade Fiscal. Foi assim no apagar das luzes de 2012, quando a empresa recebeu, “ na boca do caixa”, uma fatura de R$ 35.432 reais. Tudo “nas coxas” e sem retenção de impostos. E com o passar dos anos os valores pagos a Revybarros foram ficando cada vez mais generosos.
Foi assim no ano seguinte, em 2022, quando a empresa de Reviane Barros abocanhou a quantia de incríveis R$ 408 mil reais. Já em 2023 os valores deram um “salto triplo carpado”, chegando a mais de R$ 984 mil reais. E a generosidade da prefeitura com a Revybarros promete ser ainda melhor este ano. Isto porque só nos primeiros 5 meses de 2014 a empresa já embolsou quase R$ 600 mil reais.
O mais intrigante é que, apesar de já ter recebido mais de R$ 2 milhões de reais da prefeitura, inexiste, no Portal da Transparência, da prefeitura de Peixe Boi e do Tribunal de Contas dos Municípios, qualquer registro de contrato entre a administração pública e a referida empresa, fator que fere, de morte, a Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Com a palavra o Ministério Público!!!
