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Operação

Tucumã. Bannach. As Operações da PF. O Comércio Ilegal de Ouro. A Família Presa

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A Polícia Federal realiza operações simultâneas no sudeste paraense para combater atividades ilegais e desmobilizar garimpos de ouro. Na quinta-feira (22), foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Bannach e Tucumã. Ambas as operações foram batizadas com versículos do livro da Bíblia.  A Operação “Mateus 22.21” teve como objetivo desmantelar garimpos ilegais e combater o trabalho análogo ao de escravo em Bannach, onde a atividade ilegal está causando danos ambientais significativos desviando o curso do Rio Bananal

A Operação “Apocalipse 3.18” visava combater o comércio ilegal de ouro em Tucumã, onde um grupo familiar movimentou mais de R$ 50 milhões em um ano. No garimpo de Bannach , foram realizadas duas prisões de proprietários do local. Além disso, foram apreendidas quatro retroescavadeiras, uma espingarda, uma caminhonete, quatro motores, uma motocicleta e um caminhão-prancha usado para transporte das retroescavadeiras .

Na cidade de Tucumã, duas pessoas foram presas por tráfico de drogas e posse ilegal de arma. Foram apreendidos 150 gramas de ouro, uma caminhonete, um carro, cerca de um quilo de maconha e uma pistola. Mais de 30 agentes de segurança pública participaram das Operações Mateus 22.21 e Apocalipse 3.18. O Ibama e o Ministério Público do Trabalho forneceram apoio durante o cumprimento dos mandados em Bannach.

Os garimpos ilegais frequentemente estão relacionados a outros crimes, como trabalho análogo ao de escravo, tráfico de drogas, tráfico de armas, tráfico de animais, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Caso as suspeitas criminais sejam confirmadas, os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, usurpação de recursos da União (extração e comércio ilegal de minério), associação criminosa, entre outros.

A Polícia Federal tem intensificado a fiscalização contra garimpos ilegais na região devido aos graves impactos ambientais e à saúde humana, além dos prejuízos causados aos povos indígenas e comunidades tradicionais. As operações receberam nomes baseados em passagens bíblicas: Mateus 22.21 com a frase “dai a César o que é de César” e Apocalipse 3.18 com uma metáfora sobre compra de ouro.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976