O Antagônico recebeu e publica abaixo um texto, de indubitável humor ácido, com duras críticas a postura de uma magistrada lotada em uma comarca do interior do Pará. O primeiro nome da ‘togada” é o mesmo de uma recente ex-presidente do TJ, cujo sobrenome lembra o natal. Já o início do sobrenome da magistrada em questão remete ao animal alado que canta e acorda todo mundo nas primeiras horas da matina. Leia o texto abaixo:
A Juíza Rainha
No longíquo interior do Pará, em terras humildes de povo trabalhador, surge a Juíza-Rainha, ou diríamos, a Juíza-Deusa. Seu comportamento exala soberba, sua raiva e ignorância são tão intensas quanto a sua incompetência.
Não há quem não sofra com a inoculação gratuita de seu ódio. Não há servidores (ou diríamos, súditos) que suportem as exigências descabidas da Rainha. Ela se mostra acima de tudo (e de todos). Seus servidores/súditos devem estar integralmente a seu dispor, sem horário a cumprir, sem possibilidade de dizer não. Seus erros nunca devem ser expostos, afinal, o Rei (ou a Rainha) nunca erram (The king can do no wrong).
Em sua cabeça e em sua conduta, a frase de Luís XIV, “L’État, c’est moi” (O Estado sou eu) e coitado de quem ousar dizer o contrário. Nada massageia melhor seu ego do que a mídia. Tudo que leva seu nome ao conhecimento público lhe agrada, sobretudo para apagar a irresponsabilidade com que lida com sua função.
A Rainha não é de todo ignorante, ela se mostra uma exímia manipuladora, especialista na arte de injuriar e difamar, sobretudo aqueles que se negam a reconhecer o seu reinado. Para finalizar, nenhuma frase melhor senão a do querido Chapolin Colorado: “e agora, quem poderá nos salvar?”.