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Manaus. O Adolescente. A Homofobia. O Espancamento. A Morte. A Família. O Clamor por Justiça

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A morte do adolescente Fernando Vilaça, de 17 anos, em Manaus, expõe uma violência que não é opinião: é uma conduta prevista e punida pela legislação brasileira. Segundo a Polícia Civil, ele foi espancado após sofrer ofensas motivadas por orientação sexual ou identidade de gênero. O caso é investigado como ato infracional análogo à injúria homofóbica, já que os agressores também são adolescentes. Essa tipificação é reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como uma forma de racismo. Fernando foi agredido na quarta-feira (3), na Rua Três Poderes, no bairro Gilberto Mestrinho, Zona Leste de Manaus. Segundo a Polícia Civil, naquele dia, o adolescente de 16 anos e o primo de 17 abordaram Fernando com ofensas enquanto ele passava pela rua.

Ainda segundo a polícia, ao questionar o motivo de estar sendo importunado, Fernando foi agredido pela dupla. Câmeras de segurança registraram o momento em que os suspeitos fogem do local, deixando a vítima inconsciente no chão. Fernando foi socorrido, mas morreu dois dias depois, no sábado (5), em decorrência de traumatismo craniano, conforme apontou o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

As investigações apontam que o adolescente já havia sido alvo de ofensas homofóbicas antes da agressão. Para a polícia, esse histórico foi determinante na motivação da morte de Fernando. “O jovem já estava sofrendo injúria homofóbica e isso, ao que se tem até agora, foi a motivação desse ato infracional”, afirmou o delegado Luiz Rocha, titular da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai).

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976