Após 12 anos de espera, a Justiça condenou Alesson Pessoa Mota e Francisco de Almeida a mais de 70 anos de prisão pela morte da técnica de enfermagem Viviane Costa de Castro, de 36 anos. O crime aconteceu em 2013, em Manaus, e foi julgado entre segunda-feira (7) e quarta-feira (9), no Fórum Henoch Reis. Alesson, ex-noivo da vítima, foi apontado como mandante do assassinato. Viviane foi baleada duas vezes em menos de um ano e não resistiu ao segundo ataque.
Alesson Pessoa Mota foi condenado a 37 anos, três meses e 15 dias de prisão em regime fechado. Francisco de Almeida recebeu pena de 33 anos, nove meses e 19 dias, também em regime fechado. Francisco não compareceu ao julgamento, enquanto Alesson participou dos dois primeiros dias. Com a sentença, o juiz expediu mandado de prisão preventiva para ambos, que serão considerados foragidos da justiça após a publicação do mandado. De acordo com a investigação, o crime ocorreu em duas etapas:
No dia 7 de junho de 2012, Francisco, a mando de Alesson, atirou contra Viviane na Avenida Timbira, bairro Cidade Nova, deixando-a ferida e hospitalizada. Após se recuperar, a vítima foi baleada novamente no dia 23 de maio de 2013, no mesmo local, e acabou morrendo. Ainda segundo a investigação, nas duas ocasiões, os disparos foram feitos por um homem na garupa de uma motocicleta, identificado como Francisco, que agia sob ordens de Alesson.
Durante o julgamento, Alesson negou ter participado do crime. Ambos os réus contaram com equipes de defesa constituídas por advogados. O Ministério Público do Estado do Amazonas acompanhou o caso, representado pelo promotor Thiago de Melo Roberto Freire, com o apoio das assistentes de acusação Tallita Lindoso Silva e Cíntia Rossette de Souza.