A impunidade do ex-deputado pedófilo Luis Seffer segue rendendo, dentro e fora do Pará, desde a malfadada decisão de desembargadores do TJ paraense. Fonte fidedigna, com vasto trânsito nos tribunais de Brasília, disse a O Antagônico que aportou no CNJ um pedido de afastamento de todos os desembargadores que votaram a favor de Sefer. A informação, até agora, não foi confirmada pela assessoria do CNJ. Desembargadores e juristas ouvidos pela reportagem disseram desconhecer o pedido.
O que se sabe, ao certo, é que o Conselho Nacional de Justiça desembarca em Belém no dia 10 de março para fazer inspeção geral no TJ paraense e em gabinetes de 17 desembargadores. Ressalte-se que a inspeção já estava programada bem antes de estourar o caso Sefer. O pente-fino nos gabinetes dos membros da corte acontecerá de 10 a 13 de março.
Vale ressaltar também que o CNJ tem agido de forma contundente em casos envolvendo desembargadores. Tanto isso é verdade que, na semana passada, no estado vizinho, o Amazonas, o Conselho afastou um desembargador e um juiz e mandou lacrar os gabinetes de ambos, com direito de buscas efetuadas pela PF, revirando, de cabo a rabo, gavetas e armários dos togados.
Estamos falando do desembargador Elci Simões de Oliveira e o juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos, afastados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na última sexta-feira (21). Segundo o CNJ, o afastamento de ambos foi decidido com base em uma denúncia formal contra os magistrados. A Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.) alegou que eles podem ter cometido irregularidades, como autorizar documentos que possibilitaram a retirada de quase R$ 150 milhões da empresa.
A autorização do documento em questão é uma execução de título extrajudicial aberta em 2021 por um homem identificado como Bruno Eduardo Thomé de Souza, que afirma ter direito a títulos de créditos emitidos pela Eletrobrás em 1966. A empresa contesta e alega fraude na decisão.