A Seção de Direito Penal da última segunda-feira, 30, foi marcada por emoção e reconhecimento. A sessão foi a última presidida pela desembargadora Maria de Nazaré Gouveia dos Santos, que se despede da magistratura após mais de quatro décadas de atuação. Em virtude de sua aposentadoria, os(as) magistrados(as) prestaram uma homenagem à desembargadora, que recebeu flores e palavras de carinho dos colegas de tribunal. Em sua fala de despedida, a magistrada destacou a trajetória construída com dedicação ao longo de 48 anos de serviço.
“Eu combati o bom combate e vencemos. Quem vence nesse combate não sou eu, é a Justiça”, afirmou, visivelmente emocionada. Nazaré Gouveia agradeceu aos(às) colegas e à classe dos(as) advogados(as), ressaltando o respeito e a cordialidade com que sempre foi tratada.
A desembargadora também comentou o simbolismo de sua toga, que, segundo ela, faz parte da sua história e identidade.
“Hoje, para a Seção de Direito Penal, eu penduro a minha toga. Vou guardá-la com muito carinho, porque ela faz parte da minha vida. A hora que você veste uma toga de juiz(a), sua vida não é mais a mesma”, declarou.
O decano da Corte, desembargador Rômulo José Ferreira Nunes, também se pronunciou durante a homenagem. Colega de Nazaré Gouveia desde os tempos de concurso, o magistrado exaltou a trajetória da amiga, destacando sua integridade e exemplo de vida: “
Do jeito que a senhora entrou, está saindo: de cabeça erguida. A senhora é um exemplo. Mãe de família, pessoa lutadora, e conseguiu chegar aonde chegou”.
O magistrado também ressaltou a postura humana e sensível da desembargadora ao longo dos anos:
“Vossa Excelência proferiu grandes votos, com humildade e humanidade — e é isso que o(a) jurisdicionado(a) espera do(a) magistrado(a)”.
Ao final, desejou paz e bênçãos à colega: “
Tenha certeza de que seu lugar permanecerá sempre aqui, no nosso lado”.
